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Canto em duo
“A identidade se constrói
na alteridade”
I Retratos individuais
Sou Tatiane, casada, mãe de dois filhos. Ribeirãopretana de raiz, fiz Administração de Empresas em minha formação acadêmica. Andei, profissionalmente, por diferentes veredas, sem perder o fio que rege travessias. Sete anos como Administradora de Empresas, Franquia de roupa e, diante da maternidade, vivi a pausa para dedicar-me a meus filhos. Não perdi, contudo, a paixão por atuar no mercado.
No resgate da memória, lembro-me, desde a adolescência, de viagens dentro e fora de mim, ambiente favorável, em termos de sensibilidade, para a captação do Outro, das culturas que me “vestiam”, em permanente diálogo, atando pontas entre Brasil e outras dimensões, a exemplo da Austrália. Desde os 15 anos, tive, dos meus pais, incentivo para conhecer o mundo, para além das convenções, ao entrar em contato com o cotidiano de outras realidades, intrínsecas a cada espaço.
Em processo memorialístico da infância, há uma Casa Mineira (da minha avó), lugar de aconchego, movido à produção manual. Tudo era feito pela gastronomia emocional; o aguçamento do olfato é herança do tempo da infância. O cheiro é a linguagem em sincretismo com outros sentidos. Em meio a tantos aprendizados, lembro-me, na experiência de intercâmbio para outro país, em uma casa de uma decoradora de interiores, do aguçamento do olfato, vivido naquela casa, reafirmando, em mim, que o odor é também uma linguagem da memória.
O duo sintetiza minha trajetória: sensibilidade na apreensão do espaço/tempo em minha vida e a administração, exigindo uma racionalidade que também se casa com minha alma. Descobri, então, que o NOVO é sempre um eterno retorno. Proust já nos ensinou o resgate do tempo, aparentemente perdido!
I Sou Manoela, casada, mãe de dois filhos. Ribeirãopretana, apaixonada pela terra, pelo interior do país. Há, em termos de memória, o encontro permanente da terra e da infância. Minha família é do solo e do plantio. O aprendizado se pode traduzir em cenas infantis, como fazer refeições em marmitas para viver a experiência dos trabalhadores. Tudo que lá acontecia era feito por uma terra que ditava hábitos e sonhos...
A casa da minha avó, em Sertãozinho, ficava na usina de cana. Fartura à mesa, disponibilidade para acolher a todos. Lembro-me do café da manhã e de outras refeições do dia. A comida, sendo minha avó de origem libanesa, era feita manualmente e em diferentes horários; ela própria servia, mesmo fora da mesa, nos espaços circundantes onde brincávamos. Odor (o cheiro) e Visão foram muito aguçados em minha história, desde a infância. O perfume do meu avô e todos os outros sinais olfativos até hoje me comovem quando os sinto em novas apreensões. E o perfume da safra? E das frutas? Valores ressignificados como se o ontem me vestisse para a festa da vida, em tempo atual.
Meus pais me incentivavam a viajar pelo Brasil e pelo exterior, ora como eles, ora individualmente. A Austrália me encantou aos 21 anos. Em minha formação educacional, fiz Direito, em nível universitário, mas esta não era minha primeira opção; ficaram em latência Arquitetura e Agronomia que esperariam tempo para desdobramentos profissionais. Sempre, em primeiro plano, a terra. Movida a ela, na faculdade, optei por Direito Ambiental. Estava em busca de atar Ciência e Arte, para o diálogo permanente com a Natureza. Andei também por outros caminhos, sem perder a essência; houve tempo para empreender, como atividade profissional, o campo de multimarcas infantis. E, ainda, espaço para pausa: filhos chegando e a maternidade para os primeiros passos!
II Canto em duo: os NÓS pelo caminho.
Ⓐ Na apresentação, ao refletirmos sobre trajetória pessoal, vem à tona uma conjunção, também tecida por nossas experiências semelhantes, desde a infância até hoje. Nossa amizade sólida convalida a travessia, rumo a novos passos, partilhados como sonho, com vistas à materialidade na área profissional.
Ⓑ A empresa que se abre ao mercado contemporâneo:
A empresa que hoje apresentamos ao público, CANNOVA, traduz o desejo de levar o campo para dentro de casa, a partir da cannova, no sentido de renovação da cana, expandindo a atmosfera para conjugar o AMBIENTE e o HUMANO, em tempo de afloração dos sentidos! Em diálogo com matrizes que reinventam o mito da floração, somos movidas a instaurar na casa, para os que a frequentam ou a visitam, a eterna renovação da primavera, os perfumes da terra primordial. Um espaço sem fronteiras, atando as pontas, para produtos que, simbolicamente, são a vida, em contínua pulsação.
Sempre o duo, dentro de cada uma de nós, em interação, nesse projeto com vocês, convidados a essa nova experiência no mercado, ressignificando a vida e seu prazer. Em processo iniciático SABONETE LÍQUIDO, DIFUSOR e HIDRATANTE; na sequência outras criações...
Chegamos a este momento, depois de pesquisas científicas que sustentam nossa produção. Identificamos, com especialistas, a pertinência do ácido hialurônico como ativo dermatológico, com melhor condição de hidratação. Ele é fundamental nos produtos que se apresentarão aos clientes. Arte e Ciência compõem o ponto de partida, rumo à nossa empresa que vem para humanizar a vida, atando o perfume à saúde que brota da terra e cria a atmosfera no ar...
Nossa empresa só faz sentido com vocês entre NÓS!
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